Ideias Positivas

Ceias e kits natalinos

Atualizada em 21/08/2021 às 09:00
Por Josi

A iniciativa surgiu em 2012 para cobrir as despesas de matrículas e material escolar das filhas. Fortaleceu o talento de Patrícia na cozinha e, hoje, é fonte de renda certa neste período.


No início do ano, pais e responsáveis têm uma porção de despesas extras para atender as necessidades dos filhos em idade escolar. É matrícula do colégio, compra de material didático, fardamentos... Isso sem esquecer dos passeios e entretenimento durante as férias, enquanto aguardam o retorno às aulas. E foi sentindo na pele cada uma dessas responsabilidades que Patrícia Batista Maia, como mãe solteira de 42 anos, com duas filhas (hoje universitárias), resolveu arregaçar as mangas e aproveitar seus dons na cozinha. Ela queria cobrir esses custos e oferecer o melhor possível às meninas.


Patrícia passou a ter gosto pela cozinha desde criança, mas foi o desejo de cursar a faculdade de pedagogia que a motivou a fazer bolos para ter o dinheiro que precisava. “Sempre gostei de cozinhar, minha mãe fazia bolos para vender, isso foi me motivando. Quando fui pra faculdade, comecei a vender bolos para pagar meu curso. Acordava de madrugada e fazia quatro bolos grandes e sanduíche natural pra levar. Vendia tudo! E foi assim que me formei. As amigas e clientes gostavam dos meus bolos e, a partir dali, fui crescendo”, contou.

A ideia dos kits natalinos surgiu em 2012, quando as contas apertaram e era preciso investir em algo mais para cobrir as despesas do colégio das filhas. Tudo começou com entrega de 5 kits, contendo pão gelado, salpicão, torta salgada e bolo. “De cara, já teve uma saída muito boa. As pessoas deram um ótimo feedback”, disse. Dois anos depois, ela recebeu pedidos dos clientes para oferecer a Ceia de Natal também. Hoje, Patrícia já atende a uma média de 40 a 60 Ceias Natalinas, além dos kits que fazem o maior sucesso.


Para ela, o diferencial do seu negócio é o amor que coloca no que faz. “Eu amo tanto fazer meus bolos, essas refeições para datas especiais, coffebreaks... Para mim, nunca foi trabalho, considero uma terapia”, disse. Ao longo dos anos, à medida que começou a crescer com as vendas dos bolos, Patrícia foi buscando cursos na área de confeitaria e culinária. Ela disse que sempre se identificou com essa veia empreendedora. “Quando tinha entre 10 e 11 anos de idade aprendi a fazer suspiros e vendia na escola”.


Segundo ela, o que ainda dificulta muito o seu trabalho é o acesso à matéria-prima para elaborar os pratos e confeitar os bolos. “O mercado ainda é limitado. Meu negócio, graças a Deus, caminha bem. Busquei aprender outros pratos, além dos bolos, como os que disponho nos coffebreaks, jantares comemorativos, recepções, eventos e outras variadas opções de cardápios. Mas, conseguir o material, muitas vezes, dificulta". 


Atualmente, Patrícia está com a filha mais velha, Beatriz, de 19 anos, na faculdade de Biotecnologia, na Universidade Federal da Paraíba; E a mais nova, Bárbara, de 17, aguardando o resultado do Enem para cursar Fisioterapia. Emocionada, a empreendedora revela sua realização como mãe e profissional, sempre motivada pelo amor às filhas e ao que faz.

“Não foi, nem é fácil o que fiz e faço todos os dias por elas. Mas, com tudo isso, consegui educá-las. Hoje, tenho meu apartamento, meu carro. Minhas filhas encaminhadas na vida profissional... É uma sensação maravilhosa de dever cumprido. Todos os esforços até aqui valeram e valem à pena”.

Nos planos de Patrícia está o desejo de ter seu próprio estabelecimento e o mais breve possível. “Eu sei que vou conseguir, porque quando temos um objetivo e amamos o que fazemos, as coisas andam a nosso favor”, disse entusiasmada.

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