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Coronavírus: empreendedores sentem os efeitos do mercado

Atualizada em 24/03/2020 às 17:03
Por Richelle Bezerra

O “Ideia Positiva” conversou com alguns empresários que explicaram como estão lidando com a situação. Muitos já sentem os prejuízos.

O mundo está passando por um dos momentos mais difíceis em relação à saúde. O coronavírus mudou a rotina da população em todos os países. No Brasil, várias medidas estão sendo adotadas no sentido de conter o avanço da pandemia. E, como era de se esperar, as mudanças afetaram também a economia. O “Ideia Positiva” conversou com alguns empreendedores que explicaram como estão lidando com a situação. Muitos sentem os prejuízos.

Warney Jhonatan, proprietário da Cristal Iluminação, em João Pessoa, disse que as consequências vão além da saúde da população. “Depois do Carnaval, o mercado não reagiu como esperávamos. Estamos com contêineres ‘presos’, cargas de vendas paradas... A minha esperança é de que tudo isso passe logo”, falou. “Estamos num momento de baixa, mas esperamos que isso passe e a alta volte novamente”, complementou.

Loja de iluminação registra atraso na entrega de produtos

Já o dono da marca Super Choque, André Peçanha, revelou que na sua empresa o ambiente de trabalho segue tranquilo. “Acredito que as empresas são mais afetadas em virtude das especulações e não pela circulação do vírus em si. Muitas pessoas espalham notícias que não são verdadeiras”, opinou. “Em todo caso, a gente mantém a higiene das mãos, evita maior proximidade entre pessoas nesse momento e segue as orientações dos órgãos de saúde”.

André Peçanha, da Super Choque

Isabelle de Oliveira Medeiros, proprietária da gelateria Due Amori, também na capital paraibana, reforçou o estoque de álcool em gel nas mesas dos clientes, que seguem apreensivos em relação a tudo. “A gente percebe que os clientes estão mais tensos, assim como os nossos colaboradores. Mas, procuramos acalmar a todos, com orientação e informação através dos nossos canais de comunicação”, explicou.  

Diante dos prejuízos, teve empresário que acabou se beneficiando com a situação, mesmo sem esse objetivo. Foi o caso de Neto Porto, dono da RHPE Indústria de Artefatos de Borracha Eireli e Grupo Force.

Ele desenvolveu um pneu à base de restos de borracha de indústrias , em Campina Grande. O “pneumacio” estava na fase de comercialização junto a algumas marcas que fabricam carro-de-mão. Com o avanço do coronavírus, várias fábricas foram fechadas na China, inclusive as que produzem os pneus comuns.

“Foi aí que comecei a receber pedidos. Uma necessidade do mercado. As empresas que produzem carros-demão não estavam recebendo os pneus tradicionais e precisavam de alternativa para dar vazão ao estoque. Resolveram antecipar a aprovação do meu produto e iniciaram os pedidos”, revelou. “Apesar do negócio, torço para que a pandemia seja controlada o mais rápido possível e todos possam ficar bem. Nesse momento, é o que mais importa”, declarou.    

RHPE Indústria, em Campina Grande
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