Empreendedorismo

Sebrae dá dicas para ter o próprio negócio após os 50 anos

Publicado em 27/03/2023 às 17:15
Por Redação

Fazer pesquisa de mercado e buscar diferencial nos produtos estão entre as dicas para os chamados ‘empreendedores prateados’


Seja uma segunda carreira ou realizar aquele sonho antigo de ter o próprio negócio. Estas são algumas das motivações dos chamados ‘empreendedores prateados’, pessoas que montam a própria empresa após os 50 anos ou aposentadoria. Entre as dicas do Sebrae para ter sucesso na jornada estão fazer um bom planejamento e uma pesquisa de mercado para ser mais assertivo no produto ou serviço a ser oferecido.


“Quando uma pessoa decide empreender após os 50 anos ou após se aposentar, ela já vem planejando isso há um tempo e tem mais convicção. Ao contrário do que geralmente acontece, não estão empreendendo por necessidade. Mas, para se manter ativo, ter uma renda extra ou realizar um sonho”, comenta o analista do Sebrae/PB, Antônio Felinto.


E foi pela realização pessoal que a jornalista Fátima Sousa, de 68 anos, decidiu, em 2015, empreender com artesanato, confeccionando bijuterias inspiradas na cultura africana e ancestral. Ela conta que desde criança fazia artesanato e antes de entrar para a universidade vendia os produtos para ajudar na renda. Mas, por conta das ocupações profissionais, não conseguiu continuar com o trabalho artesanal. 





“Depois que me aposentei, decidi voltar ao começo de tudo, quando eu fazia as peças por diversão. Foi um investimento em mim também, tenho tempo de participar de feiras, eventos de arte negra, que tem se mostrado muito forte o afroempreendedorismo aqui na cidade. Então, eu faço um trabalho mais voltado à cultura afro e a minha ancestralidade, trabalhando com linhas, que foi coisa que aprendi com minhas avós”, detalha a artesã.


Para que o empreendedor mais maduro tenha mais assertividade no seu negócio, Antônio Felinto orienta que a pessoa atente para o tamanho do mercado que ele quer atingir com o seu produto ou serviço, a taxa de crescimento desse mercado e a qualidade da concorrência. 


“A pessoa tem que observar a taxa de crescimento desse mercado por ano, ficar atento às atualizações do perfil desse consumidor. Outra coisa é conhecer os produtos ou serviços da concorrência que você vai enfrentar. Ou seja, ver o que já estão fazendo e entregando ao consumidor e como você vai fazer para se destacar no mercado e o diferencial do seu produto para fazer com que as pessoas escolham o seu negócio”, orienta o analista.


Se a opção do empreendedor foi instalar o negócio em uma loja física é preciso fazer um estudo da localidade para saber se há público para instalar o ponto, ver os estabelecimentos semelhantes nas proximidades e como você pode se destacar. Já se a escolha for de um negócio com venda on-line ou, por exemplo, delivery de alimentos, é preciso investir em publicidade, marketing e redes sociais. “Mesmo investindo em um setor que já esteja ‘saturado’ é preciso saber quais serão os diferenciais que você vai oferecer. Além disso, para quem quer implantar o negócio totalmente on-line tem que investir nas ferramentas para isso, como montar um market place, um site, as redes sociais, formas de entrega”, acrescentou.


No caso de Fátima Sousa, da loja Man’art Negra, a interação com o público se dá principalmente on-line, pelas redes sociais, e aplicativo WhatsApp. “Até o momento tem dado certo e espero que continue. Inclusive, é uma realização pessoal, porque também estou estimulando outras mulheres negras a empreender”, revelou a artesã.


(Com Assessoria)

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