Especialista da FDC Izabela Mioto explica como as empresas podem aproveitar período para aumentar as vendas e descobrir novos talentos
O mercado brasileiro já se prepara para entrar em modo turbo nos próximos meses. Como acontece todos os anos, o último trimestre é o ápice do setor de serviços graças à concentração de datas importantes, como o Dia das Crianças, a Black Friday, o Natal, o Réveillon e o início da alta estação.
Com um cenário econômico estável, inflação mais controlada e redução na taxa básica de juros, a previsão é de lojas cheias e mais dinheiro circulando na economia. Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), as vendas devem crescer cerca de 4%, aumento recorde que só foi visto pela última vez antes da pandemia da Covid-19.
Se mais clientes são esperados nas lojas, os gestores precisam estar preparados para o crescimento da demanda. Com isso, uma das grandes estratégias das empresas são as contratações temporárias que, como o próprio nome sugere, possuem um prazo de duração estabelecido.
Ainda de acordo com a CNC, essa modalidade de trabalho deve ganhar mais força a partir da segunda quinzena de outubro, porém especialistas em gestão explicam que as empresas precisam planejar as estratégias meses antes para que as novas vagas possam ser preenchidas com profissionais qualificados.
“O processo já precisa estar estruturado o quanto antes. Quanto mais cedo for planejado o processo, maior é a capacidade de acerto. Esse planejamento passa por ter uma boa base de currículos que já foram mapeados tempos antes. É importante também ter pessoas que serão boas recrutadoras porque são elas que vão fazer a escolha”, destacou a professora da Fundação Dom Cabral (FDC) Izabela Mioto.
De acordo com ela, para a empresa avaliar se há a necessidade real de contratação temporária, é importante levar em consideração os indicadores de qualidade e engajamento. “Se você tem uma equipe que, em um momento de necessidade maior, é levada a um nível de exaustão que poderia ser evitado com reforços temporários, a sua empresa corre o risco de não sustentar os resultados em médio e longo prazo”, alerta Izabela, que é graduada e mestre em Psicologia, e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos.
Outro ponto observado pela especialista é que as contratações temporárias podem ser um grande teste para as vagas efetivas. “Essas são grandes oportunidades de observar alguns talentos. A liderança precisa estar sensível para identificar as pessoas que desempenham muito bem e têm facilidade para as tarefas. Isso acontece quando encontramos pessoas que trazem ainda mais valor para a dinâmica do negócio e que elevam o nível de excelência do serviço prestado ao cliente”, concluiu a professora.
