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Após queda, confiança dos pequenos negócios atinge estabilidade em fevereiro

Atualizada em 21/03/2022 às 10:14
Por Redação

O equilíbrio no Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas, aferido pelo Sebrae e FGV, foi resultado de uma melhora no segmento do Comércio  


A confiança dos donos de pequenos negócios ficou estável, em fevereiro, após sofrer uma queda de 5,1 pontos no primeiro mês do ano. É o que mostra o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE), resultado de uma parceria entre o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o levantamento, esse índice variou 0,4 ponto e acomodou-se no patamar de 90 pontos. O IC-MPE é a agregação dos índices de confiança dos três principais setores da economia: Comércio, Serviços e Indústria de Transformação.  


O dado positivo obtido no mês de fevereiro, segundo o Sebrae, foi consequência de uma melhora no Comércio, cuja confiança subiu 3,9 pontos. Já os setores de Serviços e da Indústria de Transformação cederam 1,4 ponto e 2,6 pontos, respectivamente. Por sua vez, o Índice de Expectativa das MPE (IE-MPE) avançou 1,8 ponto, chegando a 93,3 pontos, após perda de 6 pontos em janeiro, mantendo-se abaixo do nível de neutralidade há cinco meses.  


Esse resultado foi determinado por uma ligeira melhora das perspectivas sobre o volume da demanda nos próximos três meses, que subiu 1,2 ponto, alcançando a marca de 86,4 pontos (essa avaliação havia caído 9 pontos no mês anterior). Já no horizonte de seis meses, há uma acomodação no indicador que mede a tendência dos negócios, com variação tímida de 0,4 ponto, passando para 91,8 pontos. 


Ao avaliar os números, a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa, ressaltou os fatores que contribuíram para esse desempenho no mês de fevereiro.  “Mesmo com as restrições impostas aos eventos de carnaval em praça pública, o empreendedor manteve-se em ritmo constante, já que a flexibilização de eventos privados impulsionou o segmento de eventos sociais e a retomada da capacidade de atendimento no setor de alimentação fora do lar. Além disso, a cadeia alimentícia que abastece o delivery também mostrou impactos nessa confiança, uma vez que os empresários percebem na cadeia de suprimentos para esse segmento estratégias e oportunidades de negócios para abastecer e manter essa estrutura eficiente e ágil”, explicou. 


Comércio 


Diferentemente dos demais setores pesquisados, a confiança das micro e pequenas empresas no Comércio (MPE – Comércio) recuperou 34% das perdas sofridas nos últimos três meses. O ICOM-MPE avançou 3,9 pontos até atingir 85,4 pontos, o maior nível desde novembro de 2021 (87,3 pontos), superando o ICOM, divulgado pela FGV, incluindo empresas de todos os portes, que subiu 2,1 pontos, passando para 87 pontos. 


A melhora da confiança no setor, segundo os dados, foi influenciada por uma recuperação das expectativas. O Índice de Expectativas das MPE do Comércio (IE-C-MPE) somou 10,1 pontos e cresceu para 94,2 pontos, maior nível desde fevereiro de 2021 (94,5 pontos). Ambos os quesitos que compõem o índice apresentaram alta: o que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses subiu 10,7 pontos, garantindo 94,2 pontos, e o volume de vendas previstas para os próximos três meses subiu 9,1 pontos, fechando em 94,3 pontos. O incremento das perspectivas ocorreu em todos os segmentos e em quase todas as regiões do país, mas é necessária cautela diante da probabilidade de aumento da incerteza no curto prazo. 


Serviços 


Pelo quarto mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas do setor de Serviços (MPE-Serviços) caiu para 89,4 pontos, encolhendo 1,4 ponto, menor nível desde maio de 2021 (87,3 pontos). O Índice de Confiança de Serviços, da FGV, cedeu 2 pontos, descendo para 89,2 pontos. Essa perda de confiança ocorre como consequência de uma piora das avaliações sobre o momento e nas expectativas de curto prazo.  


Indústria 


Pelo segundo mês consecutivo, a confiança das micro e pequenas empresas da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) cedeu 2,6 pontos e bateu os 94,4 pontos, menor nível desde junho de 2020 (75,5 pontos). O Índice de Confiança da Indústria, divulgado pela FGV e que inclui todos os portes, também sofreu queda, em menor magnitude: de 1,7 ponto, contabilizando 96,7 pontos. A queda da confiança foi influenciada tanto pela piora das condições atuais quanto pelas expectativas em relação aos próximos meses. (Com assessoria).

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