Empresários revelam alternativas que os fizeram se readaptar e seguir em frente mesmo com a pandemia

Atualizada em 26/08/2021 às 06:31 Por Richelle Bezerra/Josi Simão/Isabelle Vasconcelos

        Apesar do ambiente de crise biossanitária e dos reflexos em diversas áreas, como saúde e economia, é possível observar exemplos que se destacaram pela perseverança e resiliência. Gente que se viu diante de uma situação extremamente difícil e se deparou com dois caminhos: desistir ou se readaptar para continuar a seguir. Histórias que inspiram e servem de referência para tantas outras. Que levam à reflexão, reaprendizado e estímulo à inovação.



É graças a esse sentimento que surgiram histórias como as dos donos das 7 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) existentes atualmente no Brasil. As MPEs, inclusive, representam 30% da produção de riqueza do País e são responsáveis por 60% dos empregos formais, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).


        Os números indicam uma responsabilidade e tanta para os empresários que, diante da pandemia do novo coronavírus, se viram preocupados, não só com as consequências geradas para os seus negócios ou as suas famílias, mas também para as centenas de pessoas que dependiam financeiramente de suas empresas. O que fazer em meio às incertezas geradas pela crise? Os personagens dessa reportagem são da Paraíba, onde, segundo a Receita Federal e o Sebrae-PB, existem, atualmente, 79 mil MPEs. Neto Porto, Adeilton Pereira, Sony Cassiano e Aristóteles Gaudêncio revelam quais decisões tomaram, promovendo readaptações, estratégias fundamentais diante da Covid-19.



            





O exemplo de Neto Porto


“Ficamos com medo, mas nunca pensamos em desistir”
Empresário desenvolveu um pneu sustentável e precisava expor e expandir o seu produto durante a pandemia.  

        O empresário paraibano Neto Porto, de 43 anos, classifica-se como um herdeiro da fé, da perseverança e da sede por conhecimento obtidos com o seu pai. Seu Rosiélio Gomes Porto sempre foi um apaixonado pela inovação e, com muito esforço, conseguiu prosperar na área de equipamentos de segurança industrial (EPIs) em Campina Grande, a 150 quilômetros de João Pessoa. Neto sempre admirou o empenho do pai autodidata e decidiu buscar novos conhecimentos em fábricas dos Estados Unidos e do Japão. Mas, não pensa duas vezes ao afirmar: “o maior legado para a minha história consegui com o meu pai”.

        Após o falecimento de seu Rosiélio, Neto decidiu se dedicar, ainda mais, ao trabalho. “O meu pai sempre procurou se destacar no mercado produzindo algo que se transformasse em diferencial. Eu pensava do mesmo jeito e, assim, garanti a patente de produtos inovadores”, lembra. Ele também queria colocar em prática algum projeto do pai, como forma de homenagem. “Apostei na ideia de uma fábrica de fios de poliéster desenvolvidos com sucata de garrafa pet”, destaca o empresário que precisou adaptar máquinas que atendessem ao projeto. “Fiz vários testes até conseguir o que queria”. Hoje, 17 anos depois, a fábrica produz, mensalmente, cerca de 120 toneladas de fios de poliéster sustentável. Neto, então, passou a pensar em novas possibilidades.

        Em 2012, surgiu mais uma ideia de reaproveitamento de material. Dessa vez, na RHPE Indústria de Artefatos de Borracha. Ao acordar inspirado, em determinado dia, Neto pediu as sandálias da esposa, cortou e colocou os pedaços de borracha no liquidificador.




        Era o início de outra iniciativa inovadora: mantas acústicas e pisos especiais (para academias, playgrounds etc.) à base de borracha expandida reciclada, obtida de uma grande empresa do setor em Campina Grande. Um produto quatro vezes mais durável do que os que existiam no mercado e também sustentável. Diante dos resultados e da visão empreendedora, Neto começou a produzir, usando o mesmo material, pneus maciços para carrinho de mão. A aceitação foi imediata. “Estudei muito e cheguei à ideia de criar um pneu para carrinhos de mão com os restos de borracha que eu já utilizava nas mantas e pisos, culminando em patentes. Seria mais uma ideia sustentável, com durabilidade e se tornando mais barato do que os pneus tradicionais (com câmaras de ar)”.

        O Pneu Force foi desenvolvido em 2016 com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O processo de fabricação envolve vulcanização da borracha, além da combinação com enxofre para dar mais força, elasticidade e resistência. “A meta é colocar no mercado mais de 2 milhões de produtos nos próximos três anos”, planeja o empresário que buscou apoio do Banco do Nordeste (BNB) para estruturar a expansão. “Quando soube que o banco estava com um edital aberto para a área de tecnologia logo me inscrevi e isso foi um grande facilitador para o que planejo”, disse o empresário e diretor de desenvolvimento de produtos da empresa, referindo-se ao Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci) do BNB.


E a pandemia?


“Ficamos com medo, mas nunca pensamos em desistir”. As palavras de Neto Porto refletem bem o que a RHPE passou no ano de 2020. Inicialmente, houve reuniões, reflexões e decisões que poderiam fazer a empresa parar de vez ou persistir mesmo com um cenário de incertezas. Sem a realização das feiras e eventos internacionais que seriam de grande importância para mostrar ao mercado o Pneu Force e outros produtos da empresa, ficaria difícil inserir e validar a novidade.





        Neto confiou na experiência e se manteve firme em sua fé e perseverante nas decisões, sem precisar parar o funcionamento da fábrica. A decisão arriscada foi recompensada pouco tempo depois, quando o mercado começou a sentir a falta de insumos. Com a importação mais restrita, houve abertura para os produtos nacionais e o Pneu Force passou a ser comprado como alternativa. O empresário Neto Porto foi visionário e observou que aquela necessidade do mercado seria um dos fatores capazes de dar o fôlego que a empresa precisava. Além disso, sempre atento às informações e novidades referentes à pandemia, buscou as ajudas proporcionadas pelos bancos e pelos governos. Dessa forma, o ritmo de crescimento se manteve estável e até os funcionários que foram dispensados, inicialmente, foram recontratados. A RHPE foi além e contratou outras 23 pessoas. 



Clique no vídeo abaixo e veja o depoimento de Neto Porto







O exemplo de Adeilton e Sony Pereira


“A conversa com a equipe foi um dos pontos essenciais para manter tudo em ordem em meio ao caos”
Saiba como o empreendimento do casal de empresários conseguiu recordes de vendas mesmo com a pandemia




        Adeilton Pereira e Sony Cassiano são os proprietários da Officina Móveis Planejados, que possui uma fábrica, localizada em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, e uma loja na capital paraibana. Casados há 15 anos, os dois dividem as responsabilidades dentro da empresa, numa parceria de grandes conquistas e muito trabalho. O empreendimento tem atuação em vários estados e, ao longo dos anos, consolidou-se como uma forte marca da Paraíba.

        Tudo começou com a experiência que Adeilton, então adolescente, adquiriu com o seu pai, o marceneiro Silvino Pereira. Logo na entrada da fábrica da Officina é possível observar algumas das ferramentas da marcenaria do patriarca, que foram emolduradas na parede, pela representação do conhecimento repassado para o filho. Naquela época, Adeilton nem imaginava que, um dia, iria construir uma empresa que contrataria, anos depois, o seu pai até a aposentadoria. “Sempre valorizei a minha família, tanto que, em homenagem a minha mãe, temos um bosque com 50 mudas de árvores com 14 espécies. Algo que ela sempre gostou”, diz o empresário, de origem humilde e primeiro da família que conseguiu cursar uma faculdade.

        Atualmente, a Officina emprega 80 funcionários diretos, atua em seis estados com 32 pontos de venda e, constantemente, aparece como destaque em publicações de órgãos como o Sebrae e o Banco do Nordeste.  


A pandemia


        Apesar da ascensão da Officina Móveis Planejados, o ano de 2020 veio como desafiador. No mês de março, muitos setores previram o impacto que a crise sanitária teria. Apesar de consolidada, a empresa de Adeilton e Sony teve que se readaptar, tomando medidas que não trouxessem resultados negativos de grande impacto. Nos primeiros meses da pandemia, até junho, as vendas caíram 40%, sinais que deixaram os empresários em alerta.


Diante da situação, eles tinham duas alternativas.


Conversar com os funcionários buscando readaptações, cobrar das autoridades agilidade sobre os protocolos biossanitários e utilizar os benefícios oferecidos pelo poder público; ou observar o mercado, reduzir a equipe e esperar que os protocolos de biossegurança fossem favoráveis ao momento e à tomada de decisões?


       Para empreender e gerir uma empresa é preciso perseverar e correr riscos. Adeilton e Sony sabem disso e passaram a cobrar das autoridades posicionamento firme em relação aos protocolos de biossegurança. Além disso, ao longo dos dias e dos resultados das reuniões empresariais, foram se adaptando ao “novo normal” corporativo. Buscaram, ainda, todas as ajudas possíveis junto ao Sebrae e demais poderes públicos, além de terem priorizado o diálogo com os funcionários para que a empresa pudesse seguir.

        “A conversa com a equipe foi um dos pontos essenciais para manter tudo em ordem em meio ao caos”, lembra Sony. O casal propôs para os funcionários mais receosos (em relação ao contágio da doença) trabalhar em casa e continuar recebendo o salário normalmente. A maioria concordou, mas alguns surpreenderam e se mostraram dispostos a ajudar a empresa, de forma presencial e seguindo os devidos protocolos, no momento difícil. “Como sempre somos sinceros com a equipe, muitos disseram que não iriam abandonar a empresa justamente naquele momento, em uma demonstração clara de respeito e companheirismo. Para isso, aplicamos várias medidas de biossegurança”, explicou a empresária.

        Os diretores trataram de fazer as mudanças necessárias no ambiente de trabalho. Os momentos de lazer, como jogar dominó, por exemplo, foram suspensos para evitar aglomerações; o horário do almoço foi dividido e com grupos menores; máscaras foram usadas por todos que fazem parte da empresa; álcool em gel foi disponibilizado pela fábrica; entre outras medidas adotadas.  Dessa forma, Adeilton e Sony não só garantiram o funcionamento da empresa, como não precisaram demitir nenhum funcionário.
 
        A perseverança do casal permitiu que, já no mês de agosto, a Officina registrasse o maior recorde de vendas em toda a trajetória da empresa, isso em plena pandemia. Logo depois, em novembro, um novo recorde. “Como as pessoas estavam passando mais tempo em casa, começaram a investir em decoração, mudança dos ambientes, reformas… E isso aumentou a demanda dos pedidos”, destacou Adeilton. “Se tivéssemos desistido ou desanimado de maneira excessiva não chegaríamos aos meses seguintes com a surpresa dos resultados tão positivos”.



Clique nos vídeos abaixo e veja os depoimentos de Sony Cassiano e Adeilton Pereira










O exemplo de Aristóteles Dantas Gaudêncio


O empresário sabia que o momento estava favorável para o ramo de internet e que a rede mundial de computadores poderia auxiliar milhares de pessoas que precisavam do serviço para trabalhar ou incrementar o lazer durante a pandemia

        Apesar de ser uma das formas mais populares de comunicação, possibilitando acesso a informações de qualquer lugar do mundo e a todo momento, a internet ainda é vista como desafio para muitos. A geração que antecede os anos 90 conheceu de perto o aparecimento da rede mundial de computadores. No Brasil, as conexões iniciaram, primeiramente, no setor acadêmico e depois foram destinadas a usuários domésticos e empresas.

        O que muitos não sabem é que a internet ainda é algo desconhecido ou pouco popular para algumas regiões brasileiras. Dados da pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional e Estudos para Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), em 2019, indicavam que 46 milhões de brasileiros não tinham acesso à internet. Desse total, 45% explicaram que isso acontecia porque o serviço era muito caro e 37% disseram que a falta do aparelho celular, computador ou tablet também era uma das razões. Em determinadas cidades do sertão nordestino, por exemplo, até bem pouco tempo, havia mais dificuldades para o acesso a uma conexão ativa, tendo em vista a distância dos principais centros urbanos.


       A pesquisa ainda indicou que, a cada cinco pessoas, uma afirmava que só conseguia acessar a internet através de uma rede emprestada do vizinho. Se considerados os territórios, 75% da população urbana eram de usuários de internet, no campo esse número caía para 53%.  


        Mas, um filho do sertão paraibano, morador da cidade de São João do Rio do Peixe, a 500 quilômetros de João Pessoa, tomou uma decisão que vem ajudando a mudar essa realidade. Graduado em Direito, Aristóteles Dantas Gaudêncio começou a sua experiência profissional na área de tecnologia, trabalhando para uma empresa de conserto e montagem de computadores. A cidade, que compreende uma população média de 18 mil habitantes, segundo dados do Censo do IBGE 2010, enfrentava problemas de acesso à internet até 2006. Foi quando Aristóteles abriu uma empresa de provimento de banda larga por fibra óptica e rádio.




        Com o passar dos anos, a empresa foi expandindo seu campo de atuação para outras cidades da região. Aristóteles, que começou auxiliado por apenas um funcionário, hoje emprega 19 pessoas.

        Elas trabalham na instalação, manutenção e prestação do serviço de provimento de internet para 12 cidades da região e outras duas fora do estado, no Ceará e no Rio Grande do Norte. O sucesso é tanto que, em 2020, Aristóteles, diretor-executivo da empresa Enteriw Provedor de Internet, conquistou o Prêmio Banco do Nordeste da Micro e Pequena Empresa, na categoria “Inovação”. “É o reconhecimento de um trabalho desbravador, que oferece àquelas pessoas que sempre estiveram ‘esquecidas’ em cidades menores, a oportunidade de ter acesso à internet de qualidade”.

E a pandemia?


        As adaptações e os novos comportamentos da população durante a pandemia, em especial na quarentena, alavancaram a procura pelos serviços da Enteriw. A internet foi um grande “refúgio” para muita gente e, graças a ela, muitos empresários e trabalhadores de forma geral puderam continuar no mercado. O uso da rede mundial de computadores no Brasil cresceu, durante a pandemia, entre 40% e 50%, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).


        Aristóteles sabia que o momento estava favorável para o ramo de internet e que a rede mundial poderia auxiliar milhares de pessoas que precisavam do serviço para trabalhar ou incrementar o lazer durante a pandemia. Por isso, não pensou duas vezes e resolveu investir ainda mais. O empresário sempre procurou estar “à frente” no mercado. Inovação, parcerias e orientação de setores estratégicos fazem parte de sua história há muito tempo.


        Para o fortalecimento dos negócios, ele esteve perto de órgãos que considera essenciais, como o Sebrae e o Banco do Nordeste. “No Sebrae, obtenho orientações fundamentais na área de gestão e no BNB busco crédito, através das linhas disponíveis, em condições especiais. Isso faz grande diferença no dia a dia da empresa”, revelou, indicando que na pandemia não foi diferente.


        “Nosso crescimento foi de forma gradativa, mês a mês, ano a ano. Desempenhamos um trabalho pensando em olhar para o produto como cliente. Nossa prestação de serviço e assistência estão focadas na melhor solução possível para atender a necessidade de cada um. Além de contarmos com uma ferramenta poderosa de crescimento comercial que é a indicação”, pontuou.   






Alternativas que servem para reestruturar a base


 Empresários buscam as mais diversas formas de manter os negócios em dia e citam o crédito bancário como diferencial



        Readaptações, diálogo com os funcionários, aproveitamento dos benefícios oferecidos pelos governos… A classe empresarial buscou as mais diversas formas de manter os negócios em dia e passar pela pandemia com o mínimo de prejuízo possível. Entre as alternativas citadas pelos empresários está a busca por crédito bancário.

        Para atender a demanda, o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou uma linha de crédito, criada pelo Banco Central (BC), com intuito de destravar os financiamentos das pequenas empresas brasileiras. O Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE) foi anunciado pelo BC no fim de junho, mas foi formalmente criado em julho, através da publicação da Medida Provisória (MP) 992. O Programa tem potencial de liberação de R$ 120 bilhões de crédito, por meio das instituições bancárias.  

        Outra medida do Governo Federal foi a reformulação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), destinado ao desenvolvimento e fortalecimento dos pequenos negócios. Ele foi instituído pela Lei nº 13.999, de 18 de maio de 2020. A fonte de recursos do Pronampe é das próprias instituições operadoras.


Ações e resultados


        
    Um exemplo da alta procura dos micro e pequenos empresários aos créditos bancários vem do Banco do Nordeste. Levando em consideração todas as ações deste ano, o BNB contratou R$ 4,3 bilhões com o segmento de MPE, o que corresponde a 46,9 mil operações, com valor médio de R$ 102,6 mil. Trata-se do maior volume contratado pelo segmento na história do BNB.



Apesar do ambiente de pandemia, o desempenho do Banco superou em 29,9% o realizado nos onze primeiros meses de 2019, quando foram investidos, em MPEs, R$ 3,3 bilhões com o “Programa de Financiamento às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e ao Empreendedor Individual (FNE)” e recursos próprios, totalizando 39,7 mil operações.



        Na Paraíba, foram contratadas 3,4 mil operações, equivalentes ao total de R$ 273 milhões, observando-se incremento de 31,1% nos valores e de 20,7% na quantidade de operações contratadas em relação a igual período de 2019, quando o Banco do Nordeste contratou, no Estado, 2,8 mil operações, para o montante de R$ 208 milhões.


        “Todos nós, de alguma forma, tivemos de nos adaptar e nos reinventar, criar formas de acesso ao cliente, melhorar os canais digitais. Além disso, também tivemos de tomar os cuidados necessários para manter a nossa integridade física. Isso não nos impediu de realizar a maior aplicação de recursos da fonte FNE na Paraíba, com R$ 2 bilhões injetados na economia do Estado”, disse o superintendente do BNB na Paraíba, João Nilton Castro Martins.

       


Instituições como o Sebrae também passaram a oferecer, ainda mais, alternativas para empreendedores e empresários, neste período. Por meio de convênios com entidades bancárias, o órgão vem orientando e facilitando o acesso a linhas de crédito que tem ajudado os donos de negócios. 


Entre as opções de crédito oferecidas está o FAMPE, que se destina aos pequenos negócios formalizados urbanos (Microempreendedores Individuais - MEI, Microempresas - ME, Empresas de Pequeno Porte - EPP), bem como às pequenas agroindústrias formalizadas em concordância com os parâmetros da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Há, também, alternativas como o "Cartão BNDES" (um cartão de crédito de uso empresarial com taxa de juros mais em conta e com parcelamento em até 48 meses), o Microcrédito (com limites de valores liberados que dependem do banco) etc. 


Importante ressaltar que, independentemente do valor do crédito, é fundamental saber usar o aporte financeiro. Orientações profissionais ajudam nesse sentido, a exemplo do suporte que é fornecido por várias instituições, como os próprios BNB e Sebrae. 


De acordo com o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, os donos de micro e pequenas empresas tiveram de superar diversos obstáculos para conseguirem se manter "vivos". "Ao longo de todo o período, os empreendedores puderam contar com o apoio do Sebrae, que lutou para aumentar o acesso ao crédito, para apoiar o processo de digitalização das MPEs e capacitar empresários", declarou, ressaltando que a expectativa é de que todos possam estar preparados, da melhor forma, para as diversas fases da retomada econômica.  





“Me inscrevi em um edital para a área de tecnologia e isso foi um grande facilitador para o que planejava”. (Neto Porto)



“Tudo o que foi oferecido pelo Governo, pelo Sebrae, pelos bancos… Nós buscamos e colocamos em prática,

a exemplo das orientações e dos créditos bancários”. (Sony Cassiano e Adeilton Pereira)



“Além de nos oferecer crédito, através dos convênios e das linhas disponíveis, instituições como o Sebrae e os bancos nos

concedem orientação e condições especiais”. (Aristóteles Dantas)




Reportagem:

Richelle Bezerra, Josi Simão e Isabelle Vasconcelos


Videografismo:

Mr. Luck

  

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